Para os mais novos, são atividades para passar o tempo. Para os idosos, são combustível para manter a mente ativa e sadia. Leitura e discussão de textos, caça-palavras, palavras-cruzadas e atividades de colorir são alguns dos instrumentos didáticos utilizados pela Oficina da Memória, realizada pelo Programa de Ação Integrada para o Aposentado (PAI). Executado pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev), o PAI é parte das políticas de valorização dos servidores e de atenção à pessoa idosa, desenvolvidas pelo Governo do Estado.
O objetivo é estimular, entre o público idoso, a retenção da memória e da concentração. “Quanto mais estímulos eles têm, melhor a memória e a concentração vão trabalhar. Fazemos atividades que estimulem o cognitivo, que façam o cérebro trabalhar, exercitar a atenção, a coordenação motora e a lembrança das palavras. Mandamos também atividades para serem feitas em casa”, explicou a instrutora Larissa Almeida.
São três turmas diferentes. Às quartas-feiras, a oficina é das 8h30 às 9h. Às sextas, as aulas são das 8h às 8h30 e das 8h30 às 9h, no Centro Social dos Servidores. O público são pessoas idosas com queixas de dificuldade de memória e de concentração. O horário reduzido é proposital, para se adequar a essa faixa etária. Ainda há vagas disponíveis. A oficina, voltada para servidores estaduais aposentados, é gratuita.
Autonomia
“Muitos idosos se queixam de problemas de memória, e sabemos o quanto ela é importante para a autonomia e para a vida cotidiana. Nesse sentido, a Oficina da Memória é uma maneira de promover saúde para os idosos, a independência, o autocuidado e contribuindo para o processo saudável de envelhecimento”, explicou a coordenadora do PAI, Arlete Pontes.
Durante a oficina, reflexões sobre frases e textos estimulam a capacidade argumentativa, enquanto os passatempos como palavras-cruzadas e caça-palavras ajudam na concentração. Em casa, atividades simples, como uma mandala para colorir, ajudam na coordenação motora. “Buscamos, sempre que possível, trabalhar temas regionais, voltados à cultura do nosso Estado”, destacou Larissa.
A aposentada Marlene Coelho Diniz, 77, orgulha-se da boa memória que cultivou ao longo dos anos e espera que a oficina ajude a preservá-la. “Quando eu estudei, era tabuada, caligrafia. A gente tinha que exercitar e puxar pela memória para saber as coisas. Hoje as pessoas não lembram mais nem as datas dos acontecimentos históricos, porque está tudo no computador. Mas eu consigo lembrar”, garantiu Marlene, que foi levada à oficina pela filha, Ana Cristina Coelho. “Agora ela pode se exercitar e se engajar em um grupo, ter um círculo de amigos, sair e passear”, avaliou a filha.
Oficinas
A Oficina da Memória é parte das atividades desenvolvidas pelo PAI com o objetivo de trabalhar o processo saudável de envelhecimento. Além da oficina da memória, são oferecidas aulas de Natação, Hidroginástica, Dança, Ioga e Alongamento, além de cursos como Pintura em Tela e Artesanato. Mensalmente, o grupo tem acesso também a palestras sobre temas de interesse dessa faixa etária, como Alimentação Saudável, Desenvolvimento da Autoestima, Espiritualidade, Educação Financeira e Prevenção de Quedas, entre outros temas.
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