Os servidores aposentados do estado apresentam, até o dia 30 de janeiro de 2019, a exposição “Memórias”. Composta de 40 telas, a mostra reúne a produção artística da oficina de Pintura em Tela, realizada pelo Programa de Ação Integrada para o Aposentado (PAI). O programa é coordenado pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev).
A mostra está em cartaz no Museu de Arte Sacra, localizado à Avenida Pedro II, nº 258 – Centro (ao lado de Igreja da Sé). As obras mesclam técnicas de pintura como óleo sobre tela, espatulado e acrílico sobre tela. Os temas vão do figurativo ao abstrato, passando por florais, natureza morta e releituras de obras famosas.
A exposição foi oficialmente aberta ao público na tarde da última quinta-feira (6). O XVII Vernissage dos Aposentados do Estado já está integrado ao calendário anual de atividades do PAI e contou com a participação dos autores das obras e familiares. Para todas as participantes da mostra, a oficina de Pintura em Tela é a primeira experiência no mundo das tintas e pincéis. A responsável pela oficina e curadora da exposição, Tereza Moraes Rêgo, explica os benefícios da oficina para o processo saudável de envelhecimento.
“Trabalhamos de forma didática um tema que está implícito no processo de envelhecimento, que são as memórias. Nessa faixa etária, a pintura e o exercício das habilidades artísticas tem reflexos na melhoria da concentração da atenção e da memória, além de impactos positivos para a criatividade e a autoestima”, afirmou Tereza.
A coordenadora do PAI, Arlete Pontes, frisou a importância das atividades oferecidas pelo programa aos servidores aposentados. “A nossa preocupação é proporcionar aos nossos aposentados um processo de envelhecimento saudável. No PAI, eles têm a possibilidade de fazer atividades físicas, como hidroginástica e dança, e também de exercitar o lado artístico. Essa exposição que fazemos todos os anos é uma oportunidade de mostrar para a sociedade o trabalho que desenvolvemos e também de os nossos aposentados divulgarem a nossa produção”, disse ela.
PINTORAS
Jacira Moreira do Lago, 71, era professora de desenho e de Artes na rede estadual de ensino. Mas até a aposentadoria, em janeiro deste ano, não havia tido oportunidade de colocar no papel os conhecimentos teóricos que dividia com os estudantes nas aulas. “Sempre tive vontade de pintar, mas a gente não tem tempo enquanto está sendo professor. Me aposentei e disse: agora eu vou. E aqui foi onde eu me encontrei”, contou Jacira, que tem três telas em exposição na mostra.
Rosa Chaves, 72, convive há dez anos com o Mal de Parkinson e encontrou, nas telas, parte do alívio para os sintomas da doença. “A pintura me trouxe uma ocupação e me ajudou muito até com os sintomas. Acho que é uma terapia. A oficina é muito boa. Às vezes penso em desistir, mas a professora me incentiva muito a continuar”, contou. Sobre os temas que a inspiram, ela é sucinta. “Às vezes não tem tema, não. A gente pinta o que vem”. Nas telas de Rosa, vieram pipas coloridas voando sobre um céu azul.
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