Exposição, que conta com nove telas originais e cinco releituras, fica em cartaz até o dia 30 de agosto
Servidores estaduais aposentados expõem, até o dia 30 deste mês, releituras das obras da artista maranhense Maria Luíza Serra de Castro, junto a trabalhos originais da pintora. As telas fazem parte da exposição O Arquétipo da Contemporaneidade, que está em cartaz no Centro Cultural do Ministério Público, que fica na Rua Oswaldo Cruz, 1396, Centro, em São Luís.
A exposição reúne nove telas originais da artista e cinco releituras. As releituras das obras de Maria Luísa foram produzidas por servidoras estaduais aposentadas durante as oficinas de Pintura em Tela, realizadas no âmbito do Programa de Ação Integrada para o Aposentado (PAI). O programa é executado pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev).
A exposição agradou ao público e as telas confeccionadas pelas aposentadas foram todas vendidas. A coordenadora da oficina de pintura e uma das curadoras da exposição, Tereza Rêgo, explica os desafios de trabalhar o tema com as idosas.
“Foi um trabalho muito intenso. A turma conseguiu captar as cores e a vibração da pintura. É sempre bom trabalhar com temas assim, porque enriquecem tanto a qualidade técnica quanto o repertório artístico dos aposentados que participam da oficina”, avaliou ela.
Releituras de obras foram confeccionadas durante a oficina de Pintura em Tela, realizada pelo PAI
Para Rosilene Leite, 71, a experiência de expor o trabalho realizado nas oficinas é sempre gratificante. “Nós realmente gostamos do que fazemos e foi um prazer fazer releituras da obra de Maria Luísa. Ainda tivemos a sorte de conseguir vender as telas. Isso significa que as pessoas estão apreciando e comprando arte, e isso é sempre muito bom”.
Rosilene conta que começou a pintar nas oficinas realizadas pelo PAI após a aposentadoria, há 19 anos. “Pintura, para nós, é uma terapia. Quando estamos em frente às telas, com as tintas, o mundo ao redor se transforma e até os nossos problemas vão melhorando. É muito bom poder fazer isso no PAI, que é um programa que enaltece e valoriza muito o aposentado”, afirmou.
A exposição O Arquétipo da Contemporaneidade comemora os 100 anos da artista. Natural de Pedreiras (MA), Maria Luíza começou a pintar já na velhice, após a morte do marido. No estilo expressionista, ela pintava temas como cabarés e palhaços.
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